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Frequentemente, ouvimos a máxima que “o ar entra pelo nariz e sai pela boca” mas a verdade é que, na maior parte do tempo, inspiramos e expiramos pelo nariz, o órgão responsável pelo transporte do ar para dentro e para fora do corpo. É fato que, quando começamos a respirar pela boca, perdemos alguns mecanismos de proteção realizados pelo nariz e colocamos a saúde bucal, pulmonar e do corpo todo em risco.

Quer descobrir que riscos são esses? Acompanhe o post que preparamos para você!

Como acontece a respiração?

Idealmente, o ar entra pelo nariz, passa pela faringe, laringe, até alcançar a traqueia e os pulmões. Ao passar pelo nariz, um ambiente úmido, quente e rico em pelos, o ar sofre três processos: filtração, umidificação e aquecimento.

A filtração faz com que o ar se livre de alguns microrganismos e de impurezas maiores como grãos de pólen, ácaros e poeira, impedindo que eles cheguem às vias aéreas inferiores. A umidificação e o aquecimento deixam o ar em uma temperatura mais próxima do corpo e com um nível de umidade maior, reduzindo a irritação do tecido pulmonar.

Por que algumas pessoas respiram pela boca?

Algumas pessoas têm obstruções nasais que impedem a respiração pelo nariz e naturalmente forçam a passagem do ar pela boca, com a chamada respiração bucal de suplência. As causas mais frequentes são:

  • rinite alérgica;
  • hipertrofia da adenoide;
  • desvio de septo nasal;
  • sinusite;
  • pólipos nasais;
  • malformações da face (fenda palatina, síndromes cromossômicas);
  • infecções agudas de vias aéreas superiores, como resfriados e gripes.

Por que respirar pela boca é perigoso?

Justamente porque o ar não passa pelos processos corretos antes de alcançar os pulmões. Isso faz com que ele chegue mais seco, frio e sujo do que deveria. Além disso, o fluxo de ar pela boca é menor devido ao desconforto da respiração bucal, o que acaba gerando mudanças na anatomia do rosto. Dessa forma, há um risco aumentado de:

  • alterações no posicionamento dos dentes, problemas de oclusão e dificuldades para o uso do fio dental;
  • alterações no posicionamento da língua;
  • dificuldade de deglutição;
  • flacidez da musculatura facial;
  • infecções das vias aéreas (faringite, amigdalites, pneumonia);
  • cansaço frequente durante o dia;
  • dificuldade na realização de exercícios físicos;
  • ronco e apneia do sono;
  • sono não restaurador;
  • piora da asma;
  • prejuízo à percepção de cheiros;
  • sensação constante de boca seca.

Quais as consequências da respiração bucal para as crianças?

Para as crianças, a respiração bucal pode ter consequências ainda mais graves. O prejuízo às noites de sono pode provocar alterações na produção de hormônios, prejudicando o crescimento e aumentando a produção de urina podendo, inclusive, fazer com ela sofra de enurese noturna, que nada mais é que o termo médico para o xixi na cama.

Além disso, como a criança está em desenvolvimento, a alteração no fluxo natural de ar costuma afetar o posicionamento dos dentes e o formato do rosto. A criança que respira pela boca costuma ter uma face longa, com ossos da face menos definidos, mandíbulas pequenas e sorriso torto, o que pode provocar problemas de autoestima ou depressão.

Como restaurar a respiração nasal?

O médico responsável pelo tratamento da respiração bucal é o otorrinolaringologista. Ele será capaz de investigar a causa do problema por meio de exame físico e de exames complementares. Somente ele poderá propor a melhor solução para cada caso específico, que varia desde a limpeza da cavidade nasal com soro fisiológico, o uso de antialérgicos até cirurgias corretoras de malformações anatômicas.

O dentista também tem um papel fundamental nesse tratamento ao avaliar a estrutura óssea e dentária da cavidade oral poderá propor cirurgias ou aparelhos ortodônticos para a correção de qualquer alteração.

E você, compreendeu os riscos de respirar pela boca? Então, compartilhe esse post com seus amigos nas redes sociais!